sábado, 13 de junho de 2015

as 32 semanas + 1 dia

e o tempo correu nesse intervalo entre posts. me acostumei e tenho curtido muito a barriga, que é uma senhora barriga.
grávida do tito: felicidade imediata e estranhamento durante a gestação. agora: estranhamento inicial, mas a barriga faz todo o sentido.

hoje volto a postar num marco para mim, a 32º semana da gravidez. período que na anterior, em exatas 32 semanas e 1 dia, tito nasceu.
ontem reli parte do blog e ri-chorei-ri-chorei e ri de novo. e pensando agora, passamos por todo aquele crítico episódio de maneira mais tranquila do que encararia hoje em dia.
graças ao blog, dessa vez não precisei ler nenhum livro, e raramente acessei a internet, porque eu fui minha maior referência. a gravidez foi bem parecida com a do tito até agora, mas de umas semanas para cá tem sido tudo novo. como a barriga está bem maior, tenho sentido sintomas diferentes.

lembro que quando soube que tito nasceria prematuro fiquei tranquila, animada, sem estresse... até o momento em que me deram alta e descobri que eu iria para casa sem ele. estava preparada psicologicamente para quase tudo: parto prematuro, ser submetida a uma cesárea, uma deficiência qualquer, mas nunca ir para casa sem ele. até hoje não sei se foi hormonal ou resultado de tudo isso somado a infecção que já se manifestava, e a escolha precipitada do sobrenome, que chorei em casa por dois dias e duas noites sem parar. sentia que algo tinha sido tirado de mim e dele.
de mim: o final da gravidez, a última etapa, a chance de arrumar o enxoval, o quarto, de passar pela ansiedade do final, de ter um barrigão.
dele: o quentinho da barriga, o contato comigo (parte o coração lembrar dele sozinho na encubadora por quase 1 mês), a chance de nascer saudável sem precisar de ajuda para respirar e se alimentar.
a choradeira passou com a dor e a febre, isso mesmo! a minha infecção, que até aí ninguém tinha descoberto, me levou de volta para o hospital. ele ainda na uti, mas eu pertinho, a um corredor de distância. no 10º dia permitiram que eu o pegasse no colo pela primeira vez, mas o momento foi interrompido por um enfermeiro me chamando para a segunda cirurgia.
a segunda alta foi igualmente dramática, já podendo amamentar, achei que voltaria para casa com ele... mas não.

agora estou tendo uma segunda chace de viver o que eu não vivi, e de não viver a parte ruim que vivemos. e agora cada semana a mais será de comemoração. mesmo com todos os incômodos a mais, que tenho certeza que ficarão só na memória.

Um comentário:

Gi disse...

Dani! Está a grávida mais linda do pedaço! Esperando as 40 semanas para pegar betão no colo!