segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O dia dos pais foi bastante movimentado. Fomos almoçar na roça e depois tomamos um cafézinho no CCBB. Como eu ensaio também, deixei o povo em casa e foi passar um som. Por este motivo, quando cheguei finalmente em casa e sentei no computador, escrevi rápido uma estória sobre o dia dos pais que, originalmente, deveria ter sido postada aqui. Como eu sei que muitos dos nossos leitores - mas nem todos - estão no FB vou reproduzí-la, na íntegra. Existem, porém, elementos que não foram inseridos no texto original os quais gostaria de aproveitar o nosso blog para destacar: - A emotividade é algo complicada para homens ( me poupem as feministas.É complicado sim, para muitos de nós termos que admitir que sentimos emoções); E eu, para piorar, nunca fui afeito a crianças e nunca tive vontade de ter filhos. - Como as emoções são contidas ao extremo, quando elas vem à tona, vêm com violência incontida. Foi o que aconteceu nesta estória abaixo. - Por último, digo aí embaixo que 'descobri o que era a paterindade'. O mais correto seria dizer que me foi revelado um outro aspecto - pelo jeito de vários ainda pelo resto da vida - da paternidade que me tomou de surpresa. Vamos o tal do texto então: 'Acontece que o Tito é fanático por caminhões de lixo. Sério. Todo dia ele faz questão de sair correndo pra ir a escola e ver o caminhão de lixo passar. Um dia, de manhã cêdo, indo para a escola, o caminhão passou antes de ele atravessar o sinal e, claro, os lixeiros nem o viram e nem deram bola para ele. Nunca vi meu filho tão triste em tão pouco tempo. Ele começou a chorar. Não de manha, mas chorou com a mais pura tristeza as sete da manhã. Aí eu disse para ele que iria aparecer outro caminhão – nem sei de onde eu tirei esta ideia... Eis que, de repente, apareceu, milagrosamente, OUTRO caminhão de lixo, e parou no sinal na hora em que passávamos. Pense num negão deste tamanho fazendo mil macaquices para que os caras do tal do caminhão olhassem para gente. E eles olharam! Deram um tchau, meio que não entendendo nada, mas acenaram para o meu garôto. E foram embora. O Tito ficou tao feliz, mas tão feliz que me deu um grande beijo e um abraço de contentamento do tipo ' meu pai consegue fazer de tudo para mim!' Deixei meu filho na escola engasgando. Cheguei em casa, e comecei a explicar a estória – boba - pra minha esposa. E comecei a chorar. Aí eu entendi o que é ser pai. Ser pai é ter a percepção que a felicidade de nossos filhos é incondicional. Custe o que custar. Mesmo que seja a coisa mais boba do mundo; se é para eles serem felizes moveremos o mundo para fazê-lo. E tenho certeza que, todos os meus amigos que o são, com seus filhos, enteados, devem sentir algo semelhante. E para eles eu desejo, não só um bom dia dos Pais – que aliás está no fim – mas uma boa noite de sono para amanhã acordar suas crianças, e continuarem suas vidas. Boa noite! E sejam felizes no seu cotidiano.'

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